É Loucura Ser Fadista

Alfredo Duarte Júnior

É loucura, ser fadista
Doença que não tem cura
Herança dum pai artista
Hei-de honrar sua carreira
No fado vou acabar
Quer ele queira ou não queira

Chorai, chorai guitarras amantes minhas
Na Casa da Mariquinhas, já tudo foi leiloado
E se é loucura noitadas mulheres e vinho
Eu tenho sempre um cantinho no manicómio do fado

Deixa o vício, o meu pai disse
Filho, volta ao teu ofício
Deixa lá a fadistice
Filho meu, negro fado
Meu cabelo enegreceu
E a malta diz que é pintado

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