Paul Gauguin,
vendo o sol
habitar
o que vê,
diz adeus
ao ocaso ocidental.
Verde mar
de coral
a seus pés,
e um céu
violetamente céu.
Amanhã,
talvez depois
de amanhã,
quando for
o que for
acontecer;
talvez
a cada manhã,
o suor
do trabalho
e do prazer.
O amor
logo vem
ser o sol
que ele vê;
a mulher
veste o ouro da nudez.
Paul Gauguin
é feliz,
afinal.
Também nós
o seremos uma vez.