Sete Cavalos

Ricardo Bergha

Sete cavalos deslizam
Sob o campo enserenado
Na tropilha dos domados
Dia a dia, se eternizam

São mansos e corajudos
Topadores de parada!
Não temem tempo, nem nada
São terra, acima de tudo

Cada dia um novo pingo
Cada pelo, a sua sina
O que começa, termina
Vai de segunda a domingo

Assim manda o capataz
Trocar o pingo da encilha
São só sete na tropilha
Cada um sabe o que faz!

Semana que vem, são outros
São mais sete que virão
Não se pega redomão
Vão se amansando de potros

Depois da noite, amanhece
E já tem pingo na forma
Cada um sabe das normas
Que na estância se obedece

Pingo manso é uma confiança
Pra cruzar a vida inteira
Se encilha junto a boeira
Se larga, com ela na trança

Quem monta, manda e governa!
Já disse um velho ditado
E o tempo firma o passado
Na curvatura da perna

Sete cavalos eu tenho
Cada qual com seu andar
Pra adiante vão me levar
Do muito longe que venho!

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