Quem me bombeia sabe do pago que eu venho
O que eu tenho dentro d'alma macanuda
Eu fui criado tropeando gado de estância
Laçando ânsia de casco e tropa murruda
Eu sou um taura que salto de madrugada
Cara lavada e vou tomar meu chimarrão
Não tem um dia que o campo não vê minha marca
Velho monarca da lida e da tradição
Sou sementeiro, campeiro
Sina baguala de consciência
Sou verdadeiro, campeiro
Orgulho desta querência
Eu gasto a vida montado no meu cavalo
Xucro regalo da herança Rio-Grandense
Do chão crioulo tapado de tantas glórias
Que a própria história registrou e a nós pertence
Assim eu sigo, escasseando algum desengano
Num campechano embuçala a felicidade
Acostumado co'a fumaça de galpão
Meu coração gineteia de saudade
Sou sementeiro, campeiro
Sina baguala de consciência
Sou verdadeiro, campeiro
Orgulho desta querência