Estranho

Herva Doce

Estranho é um homem
Que não se sujeita
A esquerda ou direita
Que nunca serve, nunca se enquadra

E sempre sobra, sempre
De fora à beira, quase
Na boca presa a frase
E a fera sempre à boca
De espera

Estranho é todo homem
Cuja alma é nômade
Cuja imagem mente
Nem bom, nem mau, é um homem ausente

E sempre sobra, sempre
De fora à beira, quase
Na boca presa a frase
E a fera sempre à boca
De espera

Estranho
Estranho
Estranho
Estranho

Estranho é todo homem
Que não se sujeita
A esquerda ou direita
Que nunca serve, nunca se enquadra

E sempre sobra, sempre
De fora à beira, quase
Na boca presa a frase
E a fera sempre à boca
E a fera sempre à boca
De espera

Estranho (estranho)
Estranho
Estranho

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