Viral

Coletivo Candiero

Ventos tropicais da América do sul
Que assubeiam as palmeiras
E esculpem nas areias
Tanta gente nessa aldeida

Branco mais preto mais índio
E o bronze na pele não é só uma cor
Miscelânea de Aruanda com Nova Jerusalém
Terra de todos e terra de ninguém

This is América do nordeste
O quintal sagrado, mãe de todos os arteiros

Se tu é viral, eu sou varal
Esse teu viral, praga do mal
Vem pr'esse quintal
Nós não tá afim (e nem vamo!)
De sair

Entra, brinca
Faz de taipa essa ciranda
Gira mundo
Nós desmancha a sua trama
Uma colcha de retalho e vento no varal
Leva longe esse nosso canto tropical

Se tu é viral, eu sou varal (eu sou varal)
Esse teu viral, praga do mal (adoeceu)
Vem pr'esse quintal
Nós não tá afim de sair daqui

Entra, brinca
Faz de taipa essa ciranda
Gira mundo
Nós desmancha a sua trama
Uma colcha de retalho e vento no varal
Leva longe esse nosso canto tropical

Se tu é viral, eu sou varal (eu sou varal)
Esse teu viral, praga do mal (adoeceu)
Vem pr'esse quintal
Nós não tá afim de sair daqui

Entra, brinca
Faz de taipa essa ciranda

Salve lia de itamaracá
Vem Julhin, me dá mão, vem Julhin
Simbora, bora, junta o povo

Ciranda, cirandinha
Vamos todos costurar
Gira mundo
Nós desmancha a sua trama

E vamos dar a meia-volta
Volta-e-meia vamos dar
Entra (gira, gira)
Brinca (muda o mundo)
Faz de taipa essa ciranda
Gira (mundo vira)
Mundo (roda-viva)

Nós desmancha sua trama
Uma colcha de retalho e vento no varal
Leva longe esse nosso canto tropical

Se tu é viral, eu sou varal (eu sou varal)
Esse teu viral, praga do mal (adoeceu)
Vem pr'esse quintal
Nós não tá afim de sair daqui

Entra, brinca
Faz de taipa essa ciranda
Gira mundo
Nós desmancha a sua trama
Uma colcha de retalho e vento no varal
Leva longe esse nosso canto tropical

No princípio criou Deus tudo
E tava tudo bagunçado
E disse Deus: Marat sá

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