Sapo Cancioneiro

Carlos Cezar e Cristiano

Sapo que à noite é um cancioneiro
Vive sonhando na lagoa tua
É o cantor dos charcos e chega primeiro
Para cantar triste olhando pra Lua

É o cantor dos charcos e chega primeiro
Para cantar triste olhando pra Lua

Sei da tua vida, sem gloria nenhuma
E sei das tragédias de tua alma inquieta
A tua loucura de adorar a Lua
É loucura eterna de todo o poeta

A tua loucura de adorar a Lua
É loucura eterna de todo o poeta

Sapo cancioneiro
Canta tua canção
Que a vida é triste
Se nós não vivermos por uma ilusão

Que a vida é triste
Se nós não vivermos por uma ilusão

Tu sabes que é feio e assusta a gente
Por isso de dia tua feiura oculta
E à noite canta tua melancolia
O teu canto é triste, que dá nostalgia

E à noite canta tua melancolia
O teu canto é triste, que dá nostalgia

Um coral de vozes cantam para a Lua
Uma nuvem passa e tu não podes vê-la
Não sabe acaso que a Lua é tão fria
Por que deu seu sangue para as estrelas

Não sabe acaso que a Lua é tão fria
Por que deu seu sangue para as estrelas

Sapo cancioneiro
Canta tua canção
Que a vida é triste
Se nós não vivermos por uma ilusão

Que a vida é triste
Se nós não vivermos por uma ilusão

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