Corpo Mudo

Arthur Martins

Uma dor silenciosa
Invadiu meu coração
Sensação tão perigosa
De repente sou vilão

Uma força que não fala
Só cala, não estende a mão
Uma espada de dois gumes
De repente escuto um não

E minha língua emudece
O meu peito não quer mais bater
Não sou digno do tempo
De comer esse alimento
Que se chama saber bem viver

Meu presente paralisa
Entre a espera e o desesperar
O meu canto é testemunho
De que mesmo o corpo mudo
Necessita compor e cantar

Uma dor silenciosa
Invadiu meu coração
Sensação tão perigosa
De repente sou vilão

Uma força que não fala
Só cala, não estende a mão
Uma espada de dois gumes
De repente escuto um não

E minha língua emudece
O meu peito não quer mais bater
Não sou digno do tempo
De comer esse alimento
Que se chama saber bem viver

Meu presente paralisa, paralisa
Entre a espera e o desesperar
O meu canto é testemunho
De que mesmo o corpo mudo
Necessita compor e cantar

E cantar, e cantar, e cantar

E minha língua emudece
O meu peito não quer mais bater
Não quer mais bater
Não sou digno do tempo
De comer esse alimento
Que se chama saber bem viver

Meu presente paralisa
Entre a espera e o desesperar
O meu canto é testemunho
De que mesmo o corpo mudo
Necessita compor e cantar

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