Gaúcho de Bagé

Amado e Antônio

Um gaúcho muito alto
Quase dois metros e meio
Dois revólver na cintura
Um chapéu grande vermeio

Cabeça de boi no lenço
Bota preta até o jueio
Arrastando um par de espora
No lombo um baita de um reio

Novidade no Rio Grande
É quando um guasco mija
Rio Grande terra de macho
No Rio Grande não tem bicha

Entrou no bar da esquina
O povo calou a boca
O gauchão era grande
Maior do que um guarda-roupa

Pôs em cima do balcão
Uma guampa muito louca
Mandou encher de cachaça
Com pimenta dedo de moça

Novidade no Rio Grande
É quando um guasco mija
Rio Grande terra de macho
No Rio Grande não tem bicha

Tirou as balas do revólver
Arrancou o estanho nos dente
Toda a pólvora do cartucho
Despejou na aguardente

Pôs formicida tatu
E uma presa de serpente
Com o cano do três oito
Mexeu bem os ingrediente

Novidade no Rio Grande
É quando um guasco mija
Rio Grande terra de macho
No Rio Grande não tem bicha

Um baixinho gritou alto
Quando ele ia bebê
Se bebê isso tu morre
Tá ficando louco, tchê?

O gauchão respondeu
Bravo que nem lucifer
(Bá tchê, viver pra que?
Imagina, se o homem que amo não me quer, rapaz!)

Novidade no Rio Grande
É quando um guasco mija
Rio Grande terra de macho
No Rio Grande não tem bicha

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